CAV
Índice
A abordagem vivencial
Comprovadamente, a melhor forma de aprendizagem é a vivencial. O ciclo da aprendizagem só se fecha quando passamos por cinco fases:
- Vivência: a vivência propriamente dita: o jogo, a tarefa e a atividade.
- Relato- é a expressão de sentimentos, emoções e reações.
- Processamento – é o processo pelo qual avaliamos nossa performance e recebemos feedback das pessoas envolvidas na vivência.
- Generalização – é a extrapolação, caracterizada por generalizações, analogias, avaliações e o Insight – aquele famoso “Ah” – que nos surpreende quando descobrimos algo novo.
- Aplicação – é o compromisso pessoal com mudanças de comportamento, atitudes ou ações que se façam necessária
Quando planejamos as atividades vivenciais, respeitando as cinco fases acima, pretendemos oferecer aos participantes a oportunidade de usar plenamente seu potencial. Estimulamos o acionamento do hemisfério direito nas fases de vivência e do relato de sentimentos e o esquerdo nos momentos de avaliação, análise e analogias. Fechando o ciclo, os dois hemisférios harmonizados propiciam um comportamento final pautado pelo compromisso não somente racional, mas também emocional.
O Ciclo da Aprendizagem Vivencial
Quando as pessoas vivenciam uma dinâmica em todas as fases, além de maiores chances de alcançar a aprendizagem, têm a oportunidade de trabalhar os dois hemisférios cerebrais de forma harmônica, sem que haja predominância de um deles durante todo o tempo, como acontece nos métodos mais tradicionais.
A aprendizagem vivencial é a consequência do envolvimento das pessoas em uma atividade na qual, além de vivenciá-la, elas têm a oportunidade de analisar o processo de forma crítica, extrair algum insight útil desta análise e aplicar o aprendizado em seu cotidiano.
Observação importante: A metodologia do CAV poderá ser usada em qualquer atividade vivencial, além dos jogos de empresa, como no uso de Filmes, Dança ou outras atividades cujo objetivo seja estimular reflexão, aprendizado e prática em atividades do dia-a-dia.
Estratégias para aplicação do CAV
1ª. Fase - VIVÊNCIA =
É a atividade inicial, a dinâmica em si mesmo: “fazer algo, realizar, construir”.
Exemplos:
- Montar estratégias
- Montar protótipos
- Montar quebra-cabeças
- Produzir algo
- Resolver problemas
- Simular o cotidiano
É importante que a atividade seja adequada ao tema central do programa, e, ainda, atrativa, lúdica, surpreendente e fascinante. Estas características facilitam o envolvimento do grupo e estimulam a motivação. O uso de cores, música, objetos concretos dos mais variados pode ajudar o efeito-impacto e servir de estímulo à expressão.
Alguns cuidados:
- Adequar ao objetivo pretendido e ao cliente
- Cuidar para que reproduzam a realidade a ser trabalhada
- Variar os jogos
- Verificar se há tempo para seu processamento
2ª. Fase - RELATO
Após a vivência, o facilitador abre espaço para o grupo compartilhar sentimentos, reações e emoções. Os jogos e dinâmicas propiciam um clima de alta tensão e, mesmo sendo atividades simuladas, implicam alto envolvimento das pessoas na tentativa de resolver problemas ou desafios lançados. Ao participar intensamente no processo, as pessoas não conseguem esconder suas dificuldades e habilidades, o que afeta diretamente o emocional de cada um. Nossa educação cuidou de reforçar a racionalidade, o que nos leva a tentativas de escapar dos sentimentos. Por esse motivo, o facilitador poderá lançar mão de alguns recursos auxiliares de expressão, trabalhando o efeito-surpresa:
- Baralho de sentimentos
- Carinhas de expressão
- Coração do sentimento
- Mural de relato em flip-chart
- Muro de lamentações
- Palavras-chave
- Pichações
- Recorte e colagem
- Relato de perguntas
- Símbolos e cores
- Simulação sem o verbal
Atenção: Cuidar para que este momento tenha um tempo "ótimo" (nem muito longo e nem muito pequeno).